Enquanto os idiotas
governaram um país idiotizado, julguei perceber: governantes e governados
estavam em sintonia, reviam-se uns aos outros.
Quando os dirigentes se revelaram sádicos é que deixei de entender a submissão, que os espertalhões da hora denominam resiliência.
Sadismo que não se esconde, que já é doutrina, claramente exposta em câmaras de televisão que, na sua estupidez de máquina, registam, sem objecção nem revolta, exactamente como os homens, ditos inteligentes, que as controlam.
Sucede a qualquer
momento, sucedeu com uma caritativa dama, que tem feito vida gorda com a
miséria alheia e, há pouco, veio dizer-nos que não comêssemos bife, mas carapau
de gato, comida presidencial.
Reforçando, surge,
agora, o FMI, um dos agiotas que nos sugam, depois de corridos da América do
Sul, declarar, preto no branco, que consumimos de mais.
Quererá fazer-nos crer,
certamente, que, em Portugal, há alguns esbanjadores com duas refeições
diárias.
Pergunta-se, com
estupefacção:
- Onde está a nossa
dignidade?
- Onde estão os que
juraram defender-nos, com a própria vida, se necessário fosse?
- Tudo quanto dizem é
missa cantada, gente que ainda pensa?
- Não é possível
libertar-nos, finalmente, desta vileza?
Entretanto os magarefes vão afiando facas e esperam-nos no matadouro.
Como em Auschwitz.
Sem comentários:
Enviar um comentário