sábado, 1 de fevereiro de 2014


Enquanto os idiotas governaram um país idiotizado, julguei perceber: governantes e governados estavam em sintonia, reviam-se uns aos outros.
 
Quando os dirigentes se revelaram sádicos é que deixei de entender a submissão, que os espertalhões da hora denominam resiliência.
 
Sadismo que não se esconde, que já é doutrina, claramente exposta em câmaras de televisão que, na sua estupidez de máquina, registam, sem objecção nem revolta, exactamente como os homens, ditos inteligentes, que as controlam.
 
Sucede a qualquer momento, sucedeu com uma caritativa dama, que tem feito vida gorda com a miséria alheia e, há pouco, veio dizer-nos que não comêssemos bife, mas carapau de gato, comida presidencial.
 
Reforçando, surge, agora, o FMI, um dos agiotas que nos sugam, depois de corridos da América do Sul, declarar, preto no branco, que consumimos de mais.
 
Quererá fazer-nos crer, certamente, que, em Portugal, há alguns esbanjadores com duas refeições diárias.

Pergunta-se, com estupefacção:

- Onde está a nossa dignidade?
 
- Onde estão os que juraram defender-nos, com a própria vida, se necessário fosse?
 
- Tudo quanto dizem é missa cantada, gente que ainda pensa?
 
- Não é possível libertar-nos, finalmente, desta vileza?
 
Entretanto os magarefes vão afiando facas e esperam-nos no matadouro.
 
Como em Auschwitz.

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