sábado, 8 de fevereiro de 2014


Entre os muitos desafios, perdão, “derbies”, portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, lapões e papuas, quis a sorte que tropeçasse numa emissão directa da Palhaçolândia, em que o chefe daquilo empossava o chefe daqueloutro, em cerimónia solene, de grande pompa.
Evento do género exige, infalivelmente, que, após os passes de mágica rituais, se faça uma falação.

Disse, então, S. Exª, explicitamente e implicitamente, numa pedagogia muito sua de esgares, espichamento de pescoço, guinchos e ronquidos, que, sim, senhor, numa hora tão difícil não havia alternativa ao roubo de novos, velhos e crianças. Com uma excepção: as forças armadas.
É premente defender o país no Afeganistão e no Balaquistão.

Logo, impunha-se não regatear armamento sofisticado, a quem expõe a vida, por nós, em missões de subida nobreza.
E eu, concordo, de facto, que se passe a mão pelo pêlo da força, na prevenção de um possível dissabor ditado pelo desespero.

Sou, também, um recém-nobilitado e tenho de aplaudir, necessariamente, esta visão arguta, à distância, de um futuro de temer, que ponha em risco o que tanto nos custou a conseguir, a nós, os eleitos.
Não é por nada, mas habituei-me já ao meu presente aconchego e ser-me-ia imensamente difícil ter de adaptar-me a uma nova situação.

Aliás, o meu mimetismo camaleónico tem os seus limites.

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