Para
bem nosso e deles há personagens que não nos merecem grande atenção.
Mas
este, embora insignificante na sua gaguez física e mental, começa a
aparecer-nos, demasiadas vezes, pela frente, e eu, francamente, nem em mulheres
tolero este exibicionismo de sedução.
Quis
o destino malfadado que a criatura se tenha promovido a uma espécie de
porta-voz da estupidez governamental e, volta e não volta, há que aturá-lo na
televisão que todos nós pagamos.
São
três euros, é certo, nada do outro mundo, para desfrutar de um idiota
amarelinho a assumir atitudes de pessoa crescida, desbobinando bacoradas e
mentiras, sem contenção, porque julga, de certo, que, por estas bandas, só há
broncos e mentecaptos como ele.
Ora,
não é tanto assim, embora eleições e votações tenham demonstrado, de sobejo,
que o grau de entendimento por cá não é coisa de que nos possamos orgulhar.
Mas,
ao menos quem dirige mais miudamente os programas, e não será certamente o
cervejeiro, quem tenha essa responsabilidade devia esforçar-se por respeitar
minimamente o pobre contribuinte e não medir toda a gente pela bitola da tolice.
Como
castigo pelos nossos pecados, já nos bastam os dislates do gordo mal-cheiroso
ou da Júlia peixeira, a catadupa de futebóis e a tromba respectiva dos seus
comentadores, as inesgotáveis telenovelas, que têm feito, pelo estado de
brutidade em que nos encontramos, muito mais do que a pedagogia que correu e
corre congeminada e consagrada nos centros cimeiros que nos formatam e comandam
o mundo.
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