Não se estranha que, a muita
gente honesta, falte a lucidez de ver que testemunha o fim de uma sociedade
moribunda.
Teima, por isso, em
encontrar remédio ao que a natureza impõe: que o velho ceda o passo ao novo.
Milénios de inumanidade
deram-nos, como natural, um homem devorar outro homem, apossando-se do que aos
dois pertence.
A pulsão animal, tão forte
em nós, ainda, fecha-nos a inteligência à perspectiva de uma organização
diferente, em que a realidade seja o respeito mútuo e a sociedade se
reconheça humana.
Mas percebamos ou não,
queiramos ou não, a evolução não pára e uns facilitarão o passo, outros hão-de
tentar agarrar-se aos destroços do naufrágio.
Esta é a distinção entre a esquerda
verdadeira e a direita assumida ou encapotada.
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