sexta-feira, 21 de março de 2014


Não se estranha que, a muita gente honesta, falte a lucidez de ver que testemunha o fim de uma sociedade moribunda.
Teima, por isso, em encontrar remédio ao que a natureza impõe: que o velho ceda o passo ao novo.

Milénios de inumanidade deram-nos, como natural, um homem devorar outro homem, apossando-se do que aos dois pertence.
A pulsão animal, tão forte em nós, ainda, fecha-nos a inteligência à perspectiva de uma organização diferente, em que a realidade seja o respeito mútuo e a sociedade se reconheça humana.

Mas percebamos ou não, queiramos ou não, a evolução não pára e uns facilitarão o passo, outros hão-de tentar agarrar-se aos destroços do naufrágio.
Esta é a distinção entre a esquerda verdadeira e a direita assumida ou encapotada.

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