terça-feira, 18 de março de 2014


Tirando um pequenino idiota, acintosamente de direita e ar de puto fanfarrão a esforçar-se por dar nas vistas, não vi ainda quem enfileire no bombardeio diário com a miséria e desgraça da Venezuela.
Não tenho em conta, evidentemente, os psitácicos apresentadores, ou lá o que dizem ser, que esses não são comentadores nem coisa nenhuma, limitando-se a obedecer ao dono, abjectamente, como um empregadote que se gaba de enganar o cliente para ganhar sorrisos do patrão e evitar o despedimento.

O tal, já referido, é comentarista encartado, expedito em julgamento breve, certeiro, irrevogável: falência do sistema.
Não acrescentaram nada os demais participantes do painel e, ilusão minha, talvez, pareceu-me ter visto indulgência no olhar, perante ou a travessura do puto ou a menoridade mental da criatura.

Mas o aparente desinteresse dos analistas, quando tanto ódio se ateia contra a América Latina progressista, é motivo, de facto, para estranheza, tanto mais que nada chega de informação contrastada, objectiva, honesta.
Será o pressentimento de que a histeria tem razões que a moral desconhece e só a gula incontida pelas reservas de petróleo explica a algazarra maldosa?

Se é este o caso, permita-se-me que os conforte nas vossas e nossas dúvidas com meia dúzia de dados:
            - a UNESCO certificou que o analfabetismo está erradicado;

            - a educação é gratuita e oferece-se, a cada um dos alunos, computador e acesso à Internet, o que a UNESCO premiou;
            - na sondagem recente de GIS XXI, 79% dos jovens entre os 14 e os 24 anos estão a estudar e 67% em instituições públicas gratuitas;

            - 73% deles consideram melhor forma de organização social a democracia participativa bolivariana;
            - 60% prefere o sistema económico socialista ao sistema capitalista;

            - a FAO reconhece, em 2013, que a fatalidade da fome terminou;
            - numa década, apenas, a pobreza recuou 30 pontos e é, agora, o país da América Latina capitalista com menor desigualdade social;

            - o Guinnes World Book Records 2008 dá a Venezuela como o país mais feliz do mundo;
            - uma sondagem Gallup 2010 coloca-a no quinto lugar das nações mais prósperas do planeta.

            - o Happy Planet Index atribui-lhe, em 2010, um índice de 7,5 de bem-estar real, numa escala de 10, a par da Suíça e uma décima abaixo da Noruega.
Tudo leva a crer, portanto, que, da verdade internacionalmente reconhecida à mentira internacionalmente propalada, vai a colossal distância de um capitalismo predador e sempre ávido, que ressuma fel e raiva quando vê um povo a caminho da dignidade.

 

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