sábado, 29 de março de 2014


Vejo o Draghi que me mira por uma fisguinha do olho, de ar chocarreiro, e penso:
- O gajo está a gozar connosco.

E deve ser isso mesmo, porque, vítimas comprazidas, pagamos para que nos vexem, torturem e expoliem.
Masoquistas? Talvez.

Oiço a pesporreia viscosíssima de um tipo a que chamam Burroso e confirmo que continua movendo-se no dito pelo não dito. Então, pergunto:
- Como entender que paguemos a quem se orgulha em indrominar-nos?

Silêncio.
Depara-se-me um gimbrinhas belga, de espécie talvez humana, intitulado presidente de uma Europa em queda e a criatura põe-se a alinhavar meia dúzia de palavras. Eu duvido.

- Querem fazer crer que esta coisita manda?
Mande ou não mande é pago, com dinheiro nosso e, dia após dia, vamos ficando cada vez mais pobres, tantos são os chulos que temos de manter.

Olhe-se a baronesa, ministra europeia dos Esrangeiros, que, em voo célere, parte a acobertar nazis ucranianos, para vir, depois, chorar-nos no ombro uma justificação esfarrapada de que os setecentos milhões e biliões que se seguirão saiem-nos dos bolsos em defesa da liberdade, dela, não nossa.
Irão os povos, um dia, limpar as estrebarias de suas casas e reger os destinos de um mundo novo?

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