A experiência não é garantia
de juízo certeiro e nem sempre nos dita comportamentos correctos.
Se parece ser útil entre
burros, não acontece o mesmo entre os homens, porque, como dizem, os primeiros
não tropeçam duas vezes na mesma pedra, enquanto o homem tropeça,
continuadamente, milhares de vezes.
Talvez o burro seja mais
esperto e não seria eu a espantar-me, pois constato que, em matéria de
teimosia, levamos a palma ao asno.
Acrescente-se a esta excelsa
qualidade, um estrabismo mental que nos permite lobrigar o argueiro no vizinho
e não dá para ver as trancas nos nossos próprios olhos.
A não ser assim, como se
explicaria que, através dos séculos, se não milénios, aceitemos que alguém, em
nome disto ou daquilo, deite uma garra adunca ao que outros produzem?
E como seria possível
explicar que apontemos o dedo a quem, justamente ou não, reage contra quem o
estorva e não damos pela destruição de países inteiros ou civilizações,
deixando atrás o caos, como aconteceu e acontece no Iraque?
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