domingo, 27 de abril de 2014


A experiência não é garantia de juízo certeiro e nem sempre nos dita comportamentos correctos.
Se parece ser útil entre burros, não acontece o mesmo entre os homens, porque, como dizem, os primeiros não tropeçam duas vezes na mesma pedra, enquanto o homem tropeça, continuadamente, milhares de vezes.

Talvez o burro seja mais esperto e não seria eu a espantar-me, pois constato que, em matéria de teimosia, levamos a palma ao asno.
Acrescente-se a esta excelsa qualidade, um estrabismo mental que nos permite lobrigar o argueiro no vizinho e não dá para ver as trancas nos nossos próprios olhos.

A não ser assim, como se explicaria que, através dos séculos, se não milénios, aceitemos que alguém, em nome disto ou daquilo, deite uma garra adunca ao que outros produzem?
E como seria possível explicar que apontemos o dedo a quem, justamente ou não, reage contra quem o estorva e não damos pela destruição de países inteiros ou civilizações, deixando atrás o caos, como aconteceu e acontece no Iraque?

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