domingo, 20 de abril de 2014


Se há originalidade em Portugal, não a procurem nas artes ou nas ciências, porque, mesmo com as fronteiras tombadas, espichamo-nos quanto possível a ver se avistamos, fora, o modelo que seguir.
É na política que nos cabe um lugar de honra, porque, além de um povo que vota sem saber o quê nem porquê, criámos um modo de governação a que se poderia chamar cruzada.

Não só porque os cruzados descobriram uma fé espúria na classe trabalhadora, mas ainda pelo facto de a ministra das Finanças se preocupar com a Saúde e o ministro da Saúde se ocupar das Finanças.
Tudo se insere, creio, na polivalência do empreendedorismo que nos obséquia com gente que salta, ágil, das cervejeiras para economias, das advocacias para a venda dos bens públicos, das feiras de aldeia para os tablados do mundo.

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