Seja
por estrabismo crítico, seja por miopia mental, nenhum dos senhores que por aqui
peroram deu pela colossal revolução que está acontecendo na América Latina.
É
que, quinhentos anos depois, há quem queira devolver ao índio a sua dignidade,
espezinhada desde a chegada das naus europeias.
Finalmente,
está vendo-se, na pessoa de Evo Morales, toda uma afirmação dos povos indígenas,
que exigem ser olhados como iguais nossos e vão mais longe do que nós já fomos,
enquanto que, aqui, se promove miséria, obscurantismo, ferocidade animal.
Bom
seria que os Estados Unidos da América do Norte os deixassem em paz, não lhes
sabotassem o esforço e a coragem que têm posto no seu enfrentamento ao
capitalismo predador.
O
que já antes aconteceu não me tranquiliza nada e espanto-me que se continuem a
aguentar estes anos todos.
Embora
por estas nossas bandas nada conste, povo e governantes, de lá, devem estar a
agir de forma bastante inteligente e honesta, coisa que, nestes nossos países
altamente civilizados, subsiste somente nos livros de paleontologia política.
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