Como em todos os rituais,
criou-se um lugar de culto, templo onde oficiar as missas e homilias, neste
caso, um parlamento, para lamentar, já que de nada serve, mas compõe.
Mas seja a religião que for,
são os fiéis que pagam, barato, quando o oficiante é patego e o seminário o formata,
mas caro, caríssimo, se é para evangelizar nações e o apóstolo é venal, com
muitos a mudar de partido e ladrando a quem antes lambiam.
Desavenças entre compadres e
tricas de capelinhas não trazem lucros à banca e desacreditam a farsa.
No entanto, vou votar, não
por incoerência, mas desespero.
Não se lhes pode deixar o
campo livre à pilhagem e, finalmente, ganha força a ideia de sair do pantanal
em que estamos, com a traição ao socialismo.
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