A manter este critério de só
atribuir comendas ou fazer elogios a quem lhe gaba a acção, vai ter de procurar
lá fora, que, por cá, só talvez o filho, bom seguidor do papá.
De qualquer modo, não largar
uma das patacoadas da praxe, que aprendeu com Tomás, não de Aquino, mas de acá,
quando o Saramago morreu ou Carlos do Carmo se distingue é simplesmente
inaceitável, seja qual for o rancor ou a mesquinhez de espírito.
Querer honestidade e
grandeza a alguém de uma sociedade que agoniza e vai morrer na abjecção, é com
certeza pedir muito.
Sirva de consolação que, ao
pior, segue-se a manhã mais clara, que os erros terão de nos trazer saber.
Desta feita, transformar a
sociedade não há-de ser pura cosmética a esquecer dias depois.
Aqui e em toda a parte.
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