Gostes ou não gostes, é o
circo que escolhestes.
Logo, paga, cala e fica
sentadinho a ver, como os sabedores te aconselham.
Olha a perstidigitação em
equipa que não é só uma moeda a ir-se, mas milhões, biliões, montanhas.
Terás, depois, campo raso e
o moedas que te resta há-de acompanhar os outros para os demais lugares a
explorar.
Com os palhaços às centenas,
tem-los em mesas redondas, bicudas, desde que repletas de tachos e bons pratos.
Ainda que os domadores se
afastem, as feras cumprem na mesma a parte que a elas compete, pois sabem que
as espera o prémio, postas enormes de um povo a sangrar.
Julgo que, para provocar o
riso, o mestre, de caretas contínuas, comunica aos cidadãos o que a seguir nos vem,
quarenta ou cinquenta anos mais próximos.
Refira-se, por fim, a trupe
de contorcionistas funâmbulos, que, em cordas bambas do logro, justificam por
si só despesas e ocupação de praças.
Eles torcem, retorcem,
distorcem, tanto que nos é difícil crer se o que existe é verdade.
E, sendo o sucesso tal, um
dia, gerações passadas, falar-se-á com certeza da festa que a Europa nos deu.
OBS. Acabo de aprender do
espanhol que os pastores serão sempre brutais, enquanto as ovelhas permanecerem
estúpidas.
“Los pastores seran brutales
mientras las ovejas sean estúpidas”
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