terça-feira, 1 de julho de 2014


Morta minha avozinha, que dessas coisas percebia, estou desactualizado em muita matéria de fé.
Julgo ter havido um papa, bufado pela inspiração divina, que nega existir diabo e o mal residir em nós.

Provável é o recém-promovido santo ter-se desorientado um pouco, que, em artimanhas, ao satanás, ninguém lhe passará a perna.
E a última, como eu entendo, foi ter mudado de nome e haver-se disfarçado de governo.

Se não, vejam.
Anuncia-se o senhor da saúde que, numa palração de esguelha, declara ser urgente investir em médicos, enfermeiros, pessoal, etc. e tal.

Vem o governo, corta.
Diz o grande mestre cervejeiro que mais impostos sobre impostos é simplesmente intolerável.

Vem o governo, corta.
Esforça-se o timoneiro da escola por alargar horizontes aos pequenos de palmo e meio, tirando-os da cama cedíssimo, repondo-os na cama tardíssimo, depois de percorridos quilómetros.

Vem o governo, corta.
Defende o querido presidente de todos a optimização do exército, capaz de enfrentar inimigos em terras que mesmo o Cristo esqueceu.

Vem o governo, corta.
De todos que me lembro ouvir, mostra triunfo, apenas, o distribuidor de esmolas e fomentador de pedinchice.

Mas tantas são as razões contrárias que não me fiarei em quem cuja pinta é sinceramente má e não parece exorcizado.

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