Não há muito,
ainda, houve quem se esquecesse de declarar às Finanças uns honorários
goliáticos, com a alegação da grande diversidade dos seus bens.
Repete-se o caso
agora, com uma variante argumental de que já passaram muitos anos.
São dois dos
exemplos visíveis, dos milhentos, de um certo tipo de amnésia, a contaminar
muita gente, a permeabilidade que existe entre o público e o privado, com
Gustavo Sampaio a apontá-la desde Julho de 2013, enquanto os pagantes se
alhearem da traça do seu destino.
Sejam históricos
ou novatos, estes colecionistas de poltronas contraem a terrível doença com a
obesidade dos ganhos.
Donde a
concluir, para já, que lhes voltaria a saúde, se vivessem apenas do salário
mínimo.
E garantir-se-ia,
também, que o patriotismo exaltado sumia-se da noite para o dia, enquanto que
os que se dizem de esquerda viriam a perceber talvez que este sistema tão
gabado é uma vigarice enormeque convém ao capitalismo predador.
Democracia não é
isto.
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