quinta-feira, 18 de setembro de 2014


Não há nada inteiramente bom, não há nada inteiramente mau.
A ofensiva do capitalismo agónico, embora nos agonize também, traz com o entulho algumas palhetas de oiro – a consciência mais funda de um sistema que explora e aproximação daqueles que se julgavam uma elite, médicos, professores, engenheiros, convictos de uma imunidade de estatuto, que não lhes permitia identificar-se ao proletariado.

Hoje, já alguns terão visto, que, ainda que titulados, sentam-se à mesa dos lacaios, porque desse modo são tidos, desde a rebelião de Mozart.
Assim, quer pela gravidade da crise, quer pelo esgotamento social, tudo aponta à unificação de forças e, ombro com ombro, entrar-se num mundo a inventar devagar, mundo para um ser humano.

Humano, finalmente, onde a bestialidade, sem espaço, se retraia e extinga.

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