Não há nada
inteiramente bom, não há nada inteiramente mau.
A ofensiva do
capitalismo agónico, embora nos agonize também, traz com o entulho algumas
palhetas de oiro – a consciência mais funda de um sistema que explora e
aproximação daqueles que se julgavam uma elite, médicos, professores,
engenheiros, convictos de uma imunidade de estatuto, que não lhes permitia
identificar-se ao proletariado.
Hoje, já alguns
terão visto, que, ainda que titulados, sentam-se à mesa dos lacaios, porque
desse modo são tidos, desde a rebelião de Mozart.
Assim, quer pela
gravidade da crise, quer pelo esgotamento social, tudo aponta à unificação de
forças e, ombro com ombro, entrar-se num mundo a inventar devagar, mundo para
um ser humano.
Humano,
finalmente, onde a bestialidade, sem espaço, se retraia e extinga.
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