Nunca tive nada
a ver com indivíduos socialistas, a não ser achegas breves com quem se rotulava
assim, fugidio como enguia, incapaz de uma atitude que me desse certeza.
Era na noite
fascista e a suspeita de lidar com videirinhos estava ainda por confirmar, à
falta dos elementos que, hoje, vão além do exigível.
Conhecia, sem
dúvida, o que se passara com Marx, a bandalheira da Áustria e que, depois do
assassinato de Jaurès, muitos reencontraram o ar puro numa militância
comunista.
Mesmo assim,
nesta ingenuidade que me trai, quis forçosamente acreditar que, connosco, de
certo, as coisas teriam de ser diferentes.
Daí, o assistir
incrédulo aos trambolhões constantes do 25 de Abril para cá, ao ponto de os ver
passar a direita pela direita.
Quando julgava
ter assistido a tudo, eis-me com um espectáculo de uma baixeza sem nome, onde a
abjecção é tanta e tão grande que só imagino possível numa parvoeira como a
nossa, um pobre país de merda.
Sem comentários:
Enviar um comentário