sábado, 27 de setembro de 2014


Nunca tive nada a ver com indivíduos socialistas, a não ser achegas breves com quem se rotulava assim, fugidio como enguia, incapaz de uma atitude que me desse certeza.
Era na noite fascista e a suspeita de lidar com videirinhos estava ainda por confirmar, à falta dos elementos que, hoje, vão além do exigível.

Conhecia, sem dúvida, o que se passara com Marx, a bandalheira da Áustria e que, depois do assassinato de Jaurès, muitos reencontraram o ar puro numa militância comunista.
Mesmo assim, nesta ingenuidade que me trai, quis forçosamente acreditar que, connosco, de certo, as coisas teriam de ser diferentes.

Daí, o assistir incrédulo aos trambolhões constantes do 25 de Abril para cá, ao ponto de os ver passar a direita pela direita.
Quando julgava ter assistido a tudo, eis-me com um espectáculo de uma baixeza sem nome, onde a abjecção é tanta e tão grande que só imagino possível numa parvoeira como a nossa, um pobre país de merda.

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