segunda-feira, 22 de setembro de 2014


Queixava-se a professora de ter tido colocação a muitos quilómetros de casa, 600, se a memória não falha, e um horário dividido entre escolas algarvias que distam 30 quilómetros.
Tudo pelo chorudo ordenado de 1.200 euros, sujeito a descontos, única fonte de receita, para duas filhitas pequenas, que não poderão emigrar, e um marido no desemprego, ainda que engenheiro informático.

Ela que pense na sorte de não a colocarem no Pico, onde, para cumprir a missão teria de nadar muitas milhas, do continente até lá.
Saiba também que o trabalho é um privilégio hoje em dia e está a colher o proveito de ter votado em patifes, que aliam a incompetência mestra à obstinação do burro, em particular na tutela timonada por um maoista, que cria uma fórmula mágica onde o resultado matemático é expresso numa média obtida com alhos mais uns bugalhos.

Mas o que uma criança vê passa despercebido à ciência do ministro titulado, talvez pela Universidade Lusíada, em aulas de fim de semana, ou mesmo na Universidade pública, quando campeavam por lá passagens administrativas do medo, por professores cobardolas, escondidos debaixo das mesas, antes de assumir presidências.
O certo é que, idiotizado um povo, nem a indecência se detém nem a arrogância é travada, para gáudio de meia-dúzia, se tanto, que comem, comeram e hão-de comer.

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