domingo, 14 de setembro de 2014


Vão longe os tempos em que viver de expedientes era olhado com maus olhos e a lei ficava severa contra a vigarice pequena, que a grande, exactamente como hoje, murava-se nas artimanhas que a própria lei lhe faculta, passando por entre a chuva que não se atreve a molhá-la.
Para esclarecimento honesto, seria necessário que os grandes legisladores sabidos nos dêem o montante exacto que torna o vigarista imune, embora nos espreitasse o perigo de perturbar o mercado, estando tanta gente à espera.

Espera-se que o Parlamento pondere e encontre formulação capaz, pois há-de saber defender não só os titulares presentes, mas todos os que se iniciaram no estágio.

Ideia, com certeza, sem préstimo, já que o senhor Presidente, encomiasta de empreendedores, arrancará do seu cérebro medidas preservadoras da classe que tanta admiração lhe dá.

Não sendo ele a fazê-lo, fá-lo-á o deputedo que, em fase de preparação, não tardará a guindar-se a esta nobilitação de agora.

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