sexta-feira, 31 de outubro de 2014


O luxo de uns poucos é a penúria de muitos, dentro e fora das fronteiras.
Foi isto que nos impedimos de ver, enquanto não se meteram connosco.
Mesmo assim, ainda há broncos cujo umbigo é o centro do universo e berram porque as crias os prendem fechados que estão os acessos do Metro ou a porta da escola.
Os outros devem ter a obrigação de sofrer e nunca perturbar intenções.
Tudo na vida se lhes concentra na pança e satisfação do patrão.
Que este, atento ao serviçal zeloso, talvez sacuda as migalhas, em vez de as desperdiçar com o cão.
Se o pensar é de lacaio, há que ser dócil, servil, não vá o dono enxotar-nos ou mandar vir a polícia, com a missão de sovar os seus irmãos desarmados, velando pelo bem-estar de quem o explora também.
E nós, o povo comum, babados com a iluminação das montras, esquecemos que o capitalismo é só roubo, ferocidade animal, menoridade mental.

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