sábado, 22 de novembro de 2014


Como tudo apodrece e se esboroa, como se torna impossível disfarçar o fedor, como dia a dia a escandaleira recresce, convém acirrar irracionalidades esquecidas, mas latentes, a dos fornos crematórios.
Que, para já, à falta de um pretexto que melhor acoberte pilhagens, devastações, acusa-se os roubados de fanatismo que o seu saqueador gerou.
Volta-se, em regressão apressada, à época em que, falando de Cristo, se acumulavam à espada riquezas, domínios, poderes, a devorar nações, mais fortes que os próprios reis.
Mas hoje, em vez de castelos são bancos, finança a avassalar o mundo, cabendo a quem sofre consentir no jugo e alargar-lhe fronteiras, dando-lhe, se preciso, a carne para o canhão.
Donde, mais armas, menos manteiga, que a gana da avidez não pára.

 

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