sábado, 29 de novembro de 2014


Não é descabido o alarido dos últimos tempos, à volta da prisão de um dos muitos filósofos que este país oferece ao mundo da estupidez.
É bom que assim seja porque a pateguice exige escândalo, má-língua, purulência de azedume, vinganças de antigos compadres, que a este nível chegámos e neste nível estaremos com os programas televisivos de crimes, pornografias ou preços certos.
Não que não se deva condenar a teatrada da espera e detenção, com os desgraçados da imprensa a refocilar a gosto no que nos terão de dar em pasto.
Mas argumentar com vários, entre os quais os Soares, pai e filho, que isto não se faz a quem foi primeiro ministro, raia o desaforo do imoral.
Se alegassem que ninguém deva ser achincalhado antes ou depois de condenado, chame-se Zé ou Manel do Adro, aceitava-se.
Agora, deixar entender que há uma nobreza de classe que se impõe  respeitar, é simplesmente idiota.
Tão idiota ou mais, como reizinhos de opereta em terras de democracia, assim se diz.

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