Não é porque se quer ou não que o sistema vai morrer, antes,
porque o progresso exige, dado que quanto existe em vez de resolver, agrava, em
vez de atalhar doenças, mata.
Ninguém nega ao saber, favoreçamo-lo ou não, e que “eppur si
mueve”, vencer obscurantismos com que alguns se parapeitam, quando o novo quer
futuro e o velho fica aferrado ao que morre.
Centuplica a ciência o potencial de criação e entendimento
da vida.
Como resposta, a bruteza chama a si a invenção e redobra a
servidão, fazendo da desgraça lucro.
Vê o entendimento mais bronco que o planeta se esvai,
vampirizado em recursos que a ganância põe em Bolsa, numa geografia da fome onde
o predador é milionário e o espoliado, miséria, com o Mediterrâneo a
sepultá-lo.
Há quem diga “podemos” e logo a Santa Aliança em desespero,
mente, fabula, grita medos, terroriza, que democracia aos eleitos pertence, num
consentimento do que não possui carisma.
Carisma de uma raça, disse o nazismo, de Deus, disse
Escrivà, de mérito, diz o ladrão.
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