Duas coisas ouriçam os cidadãos apolíticos: as greves
prejudiciais e todo o peixe com espinhas.
Gabando-me tanto a esperteza a minha falecida avó,
lembrei-me de tentar saída que sirva a prosperidade presente.
Não no que se refere ao peixe, que, esse, é criatura de Deus
e eu, quanto a decisões celestes, nem prego nem estopa, acato.
Mas a greve é humana e de homens sem coração que pretendem
impedir-me de chegar onde quero ou gozar de uma viagem que venho projectando há
muito.
Tudo porque temem, apenas, a requalificação e o desemprego,
razão de sobra, a meus olhos, para que se lhes trave o desatino.
Há quem defenda o direito de defender-se e aos seus, até com
sábios governantes aceitando o privilégio.
Acho, contudo, possível uma resolução a contento, que em
nada afectaria o progresso: greves aos domingos quando todos descansam e não
nas horas de serviço.
E os que, porventura trabalham à noite e em períodos de
lazer, fá-lo-iam na reforma, criando um banco de horas para a ressurreição
futura.
Todos beneficiaríamos, assim, de uma solução viável e justa
e económica.
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