quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


Regredidos que estamos às guerras de religião, onde à misericórdia divina, do Pai Eterno, afrontamos maldades e fanatismos de Alá, parece muito urgente apontar que entre nós, os puros, há uma perdição em curso, obra do demónio, sem dúvida.
Está bem à vista de todos que, em pontos de decisão e mando, gente disfarçada de artista, com mentira domina, nos obriga à blasfémia de amaldiçoar a vida e a mãe que nos pariu.
São, em geral, aqueles que batem com as duas mãos no peito, evocam o Deus aos domingos e exigem de nós sacrifícios.
Sendo que sacrifícios, fora da ideia deles, é oferta que se faz aos deuses.
Logo, até nesta matéria sensível, a mentira cobre a verdade, pois quanto se rouba em esticão, some-se o roubo na bandalheira da banca, PPPs e sorvedouros, onde, ao abandonar a política, como falsamente o afirmam, instalam-se governantes, ex-governantes e afins.
Portanto, além de incorrecto, de um ponto de vista linguístico, é ainda sacrilégio, heresia, atrai a cólera divina, capaz de nos esturricar com raios, daqueles que nos partem a todos.
Sugere-se, a bem da nação, que nos precatemos do céu, fazendo, com antecipação, em baixo, o que os espera no além: o penar eternamente em braseiros infernais e diabos, diabões, tridentes revirando corpos mortais.
Mesmo porque, nos tempos de crise, podem reconfortar-nos na fome, pingue churrascada humana que alguns, de tão nédios, prometem pançada.

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