quinta-feira, 29 de janeiro de 2015


Insisto em reconhecer o progresso de, em vez de se morrer na ambulância, que não há, morre-se nos hospitais, à porta, visto já nos faltarem as camas, que a haver, nos faltariam os médicos, que a haver, teriam de faltar enfermeiros, remédios ou material.
Não se esboroa o serviço, não senhor, como não se esboroa a justiça, ensino ou serviços sociais, todo um país, em suma.
Contudo, por se encontrar entre burros, o tipo só nos merece louvores, mesmo dos que me aprazia escutá-los, por os julgar que dispunham de um dedo de sanidade mental.
Quer-me parecer, deste modo, que a arrogância e o sadismo são novos padrões de valor e, louco, numa terra tão certa, só eu, que me acreditei saudável.
Aplauda-se, servil e a quatro patas, quem nos despreza e nos mata.                             

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