domingo, 1 de fevereiro de 2015


Clama o negreiro a sua palavra de ordem – “empobrecer, empobrecer”, até a pele não conter nem ossos nem vida e o esqueleto acabe por se desconjuntar por si.
Produção e comércio, educação e saúde, justiça e prestações de apoio foram, não são, ao ditame do louco que nos imola o presente e compromete o futuro, se o premiarem lá fora, um Deutsche Bank, talvez.
Crescem, contudo, as fortunas antigas e juntam-se a elas as fortunas recentes, em cambalachos de amigos, privatizações de urgência, comissões e luvas, evasões aos impostos, uma corrupção imparável.
A correria ao tachismo é açodada, obscena, não faltando vivaços que, numa alergia ao trabalho, enxameiam partidos, aplaudindo quem manda.
Mas a unanimidade perfeita onde se mercadeja tal pândega faz-me prever que um tsunami virá a varrer deste mundo o lixo de há anos.
São indícios reais, quando se escuta o pulsar do novo que está para nascer.

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