sábado, 14 de março de 2015

Foi no fim de um debate, amena cavaqueira das quintas, que o fofo, coleccionador de gestões e acessorias, assossegou-se a destempo, num desabafo de alívio, do que, de facto, inquieta:
- Felizmente, entre nós, não existe Syrizas nem Podemos.
Realmente, entre nós, reina a paz do Senhor e cada macaco em seu galho vê-lhe atribuído o papel, na teatreira dos tempos.
Se temos nuvens lá fora, são bem serenos os dias, aqui, e a cobardia das gentes é um convite ao ripanço e continuação de negócios em perspectivas risonhas de duplicar os proventos, já que há vistos gold atraindo todos os ladrões do mundo, contentes de imunidade e criadagem de graça.
Assim se cumpram desígnios e, mais alto que a Suíça, Luxemburgo e paraísos fiscais, Portugal ficará em lugar de eleição.
Aquele que vem arrebanhar-nos a TAP terá de pensar, sem dúvida, num acolhimento atraente a caloteiros turistas, servindo-se da graça muito ao gosto português: chouriço, pinga e minhotas guinchando e algarvias girando.

Melhor que em fascismo, com o excelso poeta Melo.

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