segunda-feira, 6 de abril de 2015

Com realpolitik justificou-se em tempos a real canalhice de prometer e não cumprir.
Fizeram-no todos, em especialíssimo relevo, Sócrates e Passos, que a trapaça exponencia-se quando a atonia é geral.
Assim se manteve o animal de carga.
Mas, esquisitice do termo, solicitação da moda ou, sonhemos, indícios de rebeldia, a música teve de acertar pelo rap, sacudida, directa, despojada:
- Não há alternativas.
Os anos, contudo, insensibilizam o ouvido, quando os varais da carroça já dilaceram os costados da besta e, em estradas da Grécia e de Espanha, se pôs, imagine-se, a escoicear.
Apelou-se à condenação, de outro modo:
- Falta-lhes a experiência política.
Náufragos num oceano revolto e a vaga implacável a inundar-lhes os feudos, sobem para ilhota do saber de vígaro, como se o novo não requeresse saber novo que devolva aos demos, enfim, a cracia do mundo.

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