segunda-feira, 6 de abril de 2015


Como privatizar é negócio

Destaca-se alguém, sem escrúpulos, para a administração da empresa e esse e assessores vão iniciar os buracos dos honorários, achegas, representações e viagens, além de gabinetes mudados e toda a frota trocada por novos modelos mais chiques, topo de gama, está claro.
O estado, logo a seguir, há-de cortar orçamentos para que a gestão dia a dia vá recorrer a empréstimos em que a banca agiota se empanturra de juros.
Visto qualquer empresa ser múltiple na esfera de acção, passa-se a vender sectores que rendam a quem compra, a troco de comissões e luvas.
Amputada de meios e fontes de alimentação, o prejuízo é fatal e a sobrevivência impossível.
Esganiçam-se em coro os promotores da estratégia que, na choradeira do dano, dão-se por apressados na venda, a fim de aliviar encargos, pospõem.
Consumada a entrega, carregue-se na tecla e contas à espera em paraísos fiscais incham na obesidade dos grandes.
A requintar o processo, hão-de aparecer na gestão os que anteriormente carpiram e, hoje, riem dos parvos que somos na aceitação desta farsa, de já  meio século para cá, dito democrático, de liberdade, empreendedorismo e, ultimamente, crise.
Nota: Para informação detalhada em Estaleiros, Correios, TAP, EDP, hospitais e muito mais, muito mais, aconselhe-se em mestres Soares, Cavaco, Guterres e Passos e Sócrates, o novo, que o velho só em manuais.

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