quarta-feira, 15 de abril de 2015


Reconhecer e dizer da relatividade das coisas foi só mérito francês, que nós, os primeiros por cá a encontrar novas gentes e culturas, experiências muito diversas das nossas, nós, acanhados de sempre, preferimos Dons Manuéis, esquecidos do esforço, a esbanjar as riquezas em novo-riquismo balofo e miopia mental que, tacanhez ou má-fé, não superámos ainda hoje.
Vejamos:
Fulano não pagou os impostos.
Crime?
Talvez sim, talvez não.
É gajo umbilicado ao sistema onde as leis o resguardam e carreiristas o protegem com prescrição e argúcias.
Então é crime.
Mas alguém quis furtar-se porque não lhe sobra a fartura ou, espezinhado que é, recusa pagar ou alimentar vadios capazes de o devorar em vida.
Crime não é, mas auto-defesa na esperança de tempos mais justos, mais éticos.
Nunca se peça a uma vítima o que não se pede ao carrasco.

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