terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


Diz a Constança não entender que a Alemanha pretenda baixar a idade da reforma para os seus e exija, sem apelo nem agravo, o aumento para os outros.
Entre eles, nós, que olhamos o desejado descanso na velhice como a sombra no chão, quando o sol nos dá nas costas, ao sol-poente.

Mesmo esforçando-nos numa corrida, ela fica à frente, a fugir de nós, inalcançável.
Suponho que se trata de uma incompreensão retórica, digamos, da parte da única comentadora que vale a pena ouvir, porque é fina e não se vende.

Pois terá visto já, há muito, que a Merkel quer cumprir o velho sonho da Alemanha Imperial: dominação da Europa, se possível do mundo.
Sem um tiro, sem desgaste ou baixas entre alemães.

E vai conseguindo o que Hitler falhou, colaborada, assessorada prestimosamente, caninamente, por instituições europeias, que já domina, e governantes eleitos, com frequência, pelas próprias vítimas.
Está aqui, por certo, o porquê da última pirueta espectacular com o retorno à construção de infra-estruturas, estradas, vias férreas, portos, aeroportos.

Aqui começou, não sei se lembram, o nosso pavoroso endividamento, condenado, tempos depois, como despesismo, ainda que incitamento e dinheiro tenham vindo de fora.
A Alemanha quer ter, por fim, ao seu dispor, fontes de matérias-primas, recursos humanos pelo preço da chuva e sem direitos, transportes e escoamento rápidos, fáceis e rentáveis.

Assim acabaria, de vez, o esforço na procura do lucro em deslocalizações trabalhosas e incertas.

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