Diz
a Constança não entender que a Alemanha pretenda baixar a idade da reforma para
os seus e exija, sem apelo nem agravo, o aumento para os outros.
Entre
eles, nós, que olhamos o desejado descanso na velhice como a sombra no chão,
quando o sol nos dá nas costas, ao sol-poente.
Mesmo
esforçando-nos numa corrida, ela fica à frente, a fugir de nós, inalcançável.
Suponho
que se trata de uma incompreensão retórica, digamos, da parte da única
comentadora que vale a pena ouvir, porque é fina e não se vende.
Pois
terá visto já, há muito, que a Merkel quer cumprir o velho sonho da Alemanha
Imperial: dominação da Europa, se possível do mundo.
Sem
um tiro, sem desgaste ou baixas entre alemães.
E
vai conseguindo o que Hitler falhou, colaborada, assessorada prestimosamente,
caninamente, por instituições europeias, que já domina, e governantes eleitos,
com frequência, pelas próprias vítimas.
Está
aqui, por certo, o porquê da última pirueta espectacular com o retorno à
construção de infra-estruturas, estradas, vias férreas, portos, aeroportos.
Aqui
começou, não sei se lembram, o nosso pavoroso endividamento, condenado, tempos depois,
como despesismo, ainda que incitamento e dinheiro tenham vindo de fora.
A
Alemanha quer ter, por fim, ao seu dispor, fontes de matérias-primas, recursos
humanos pelo preço da chuva e sem direitos, transportes e escoamento rápidos,
fáceis e rentáveis.
Assim
acabaria, de vez, o esforço na procura do lucro em deslocalizações trabalhosas
e incertas.
Sem comentários:
Enviar um comentário