quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


Exultei, sinceramente exultei.
O desgraçado, inseguro nas pernas, procurava as cordas, na esperança de ouvir o gongue salvífico.

Mas nada parava a saraivada de murros, por baixo, por cima, catastroficamente, que o meu mais que adorado ídolo desferia, impiedoso, apocalíptico.
Era orgástico vê-lo enorme, épico, numa fúria assassina de bull-dog cervejeiro, impor-se, ali, no ringue parlamentar.

Metralhou, então: as exportações subiram, subirão, imparáveis, em pujança pletórica de Amorins, Santos e Azevedos.
É minha esperança que, a partir de agora, o pobre diabo, vencido, humilhado, aprenda a orgulhar-se dos lucros da banca e seus e nossos donos.

Vamos aguardar que aprenda ser a falta de emprego, a miséria geral, a emigração espavorida, a morte por abandono, e demais pieguices, pressupostos incontornáveis à criação de progresso sustentado, de acumulação sem fim de lucros a resguardar, bem entendido, na genial e bem conseguida invenção financeira – os paraísos fiscais.
Estou, mesmo, em prever que, num futuro opulento, muito próximo, iremos impar de brio lusitano, revelando ao mundo, não somente nomes futebolísticos, mas o número e valor de milionários que prosperam aqui como em parte nenhuma.

Alentam-me o sonho e a fé as recentes informações de que continuam crescendo em lucros, quantidade e poder.

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