E eu
a pensar que era um imbecil cobarde, preso na teia de compadrios sórdidos, fico
sabendo, por testemunho seu, que, longe e perto, por sítio onde o pensamento
exista, o homem é um gigante, olhado, ouvido e venerado.
Se o
vemos pequenino e reles, deve-se tudo à miopia nacional, física e mental, que
nem a lupa modestíssima do génio de que vos falo poderá remediar.
Acresce
também que o sábio cientista tem por si, além disso, um anjão guardião que lhe
insufla, muito próximo, inspiração divina.
Daí
a infalibilidade de eleito que jamais o engana e há-de levá-lo aos altares da
estupidez portuguesa para que reconheçamos nós mesmos quem somos e o que somos,
incensadores do medíocre.
Não
o bafejará Nobel de uma consagração terrena, mas terá no futuro páginas de
história presente, que perdurarão pelos séculos, se não houver derrapagens que
possam alterar-lhe o curso.
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