sexta-feira, 5 de setembro de 2014


Ouve-se, por toda a parte em Espanha, o ladrar enraivecido da direita de antigamente e da outra, videirinha, a fingir socialista, tipo González ou Guerra, Rubalcaba ou Zapatero, agora com rosto novo, tentando preservar os cacos, como aqui se vai fazendo com Costinha camarário.
Lá, porém, no país fora, ainda afogado em sangue em que a guerra o mergulhou, a vida está renancendo, negando “vivir de rodillas”.

Torres, Navarro, Espinoza, Illueca, Monedero, tantos, num momento apenas, que o impensável é verdade e a utopia, manhã.
Surge, por fim, um Podemos, que, iluminando razões, devolve uma dignidade perdida, recria a cidadania roubada, exige para o povo um futuro, que desenhará por si só.

E a ideia, diferente e nova como é, vai precisar de alguns anos para se lhe perceber o alcance.
Que séculos de inércia mental resistem com rigidez das meninges, mesmo entre quem se diz saber.

Esperemos que um sol mais tardio também nos surpreenda por cá.

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