Custa a crer a rejeição, com benzeduras exorcistas, das
ajudas generosas que o FMI lhes tem dado de há quatro décadas para cá e, agora,
num requinte supremo, está aplicando à Europa da história e da civilização.
Gabam-se de, uma vez libertos, terem combatido a pobreza,
aumentado o bem-estar, a saúde, a educação, sem atender a inflações, enquanto
nós, europeus, de receitas a encolherem, mas uma moeda segura, vamos correndo à
miséria, à putrefacção social e à organização excelente de uma governação de
direita, fascista assumida ou não.
Não vêem, como idiotas que são, que a estupidificação dos
povos é passo para o fim da história, querendo, desvairadamente, penso, um
socialismo XXI, ou coisas à volta disso, onde pessoas comuns, nascidas para
obedecer, tentam inventar futuros.
Esquecem-se, em revoltante amnésia, que fomos nós,
superiores, a ter os direitos humanos, inexistentes, decerto, mas figurando em
papel, mais a democracia electiva que nos permite alhearmo-nos e a modorra
cerebral no que à política respeita, para não se falar da nobreza de guerras
pelo mundo inteiro, numa santificada missão de ensinar a quem as sofre a
sublimidade económica, social, civilizacional da destruição criativa, sic
Schumpeter
Falta-lhes, por fatalidade funesta, uma luz de redenção nas
mãos de um primeiro-ministro que cavalgue alegremente o capitalismo predador.
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