quinta-feira, 9 de outubro de 2014


Miúdo, já então me impressionava o pobre que descia das serras para pasmar, embasbacado, à beira do propagandista da banha ou de um chá miraculoso.
Pois o caso não era para menos, que diarreias, enxaquecas, unheiros, maus  olhados, febres malsãs, tudo se curava num instante, depois de uma aplicação de pomada ou ingestão da tisana.

Até porque estava em criação, nunca me ocorreria pensar que esses vendedores de mezinhas viessem a reincarnar governantes e elite de palradores encartados.
Mas pior, ainda, é esses crédulos da infância deixarem de baixar dos cumes, antes enxameando o país, epidemia sem cura, numa suinização infrene, maná, doce maná de agiotas, ladrões, videirinhos, serviçais, quantos não se impedem de babar, ouvindo tilintar o oiro.

Que é esta a máxima razão de alguns, ontem, começando do nada, hoje, enxundiando-se na banca, empresas, assessorias, rabulices … parlamentos.
Quem é que supôs encontrar uma coincidência esquisita entre o grande bródio actual e vagas sempre crescentes nas doutas faculdades de direito?

São tantos ou tão poucos os advogados da treta que tem de haver para aí uma explicação qualquer.

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