Gosto de reger-me por princípios, não por estratagemas
finórios, dado que os outros me merecem respeito e eu próprio exijo
respeitar-me. E o Partido entendeu, desde que Jerónimo é Secretário, que são de
recusar as alianças espúrias, que devemos negar-nos aos cambalachos políticos.
A separação das águas não nos trará mais votos e seremos
acusados de dureza e intransigência. Representaremos, contudo, na imensidão do
chiqueiro, um marco, uma referência, onde a desonestidade não cola, não medra.
Falta perceber, agora, que o poder não é objectivo em si,
mas, sim, a consciencialização das pessoas, a vertebração dos quereres, sem
bandeiras ou gritarias, em pedagogia miúda, que se aprendeu no fascismo.
Porque é luta entre classes, a que explora e a explorada,
sendo esta que escreverá o futuro, governando, não governada.
Creio “Podemos” um exemplo, inventivo, criador, imprevisto,
inovador.
A iniciativa, já nossa, deixa o inimigo surpreso e
encurralado, na defensiva, pois não lhe servirá de nada a experiência de
milénios de domínio e exploração.
Sem comentários:
Enviar um comentário