terça-feira, 14 de outubro de 2014


Se temos olhos na cara, de pouco nos vêm servindo, já que nos falta miolo e de dignidade nem pio.
Explica-se, portanto, sem dúvida, esta submissão unânime, com uns a reverenciar lá fora e outros reverenciando cá dentro.
 
Erro, trapalhada, burrice, roubo, cambalacho ou luvas, nada justifica arrepios, nada nos arredará do desastre.
O que é histórico, aliás, desde que o Venturoso reinou, dilapidando o país que lhe havia saído na sorte.
Agora, estamos arrastando os pés, sempre na esperança de um dono que não  nos trate à patada.
E, dado que o sonho não morre, persiste-se em lamber as botas, descrendo de virtudes próprias.
A Byron, a descoberta de Sintra, que, só a partir de então, passou a bem precioso.
Foram os ingleses em chusma a tropeçar no Algarve com o que lá nunca víramos.
Eis porque a verborreia não pára, de águas quentes, areais, mesmo ricos prazeres do golfe.
Houve também um actor, americano ou inglês, que, em tempos pouco afastados, perdeu-se por terras do Letes, esquecido da treta algarvia.
Um só, porém, é pouquíssimo e não nos convencemos ainda, querendo a confirmação de outros mais.
Pois olhar, decidir por nós, não, jamais, se a responsabilidade é muita e, em costas sempre vergadas, não há peso que se aguente.
Assinado: Béu! Béu! (Sei, também, dar ao rabo)

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