Pouco importa que sejam
sérios ou corruptos, os governos.
Interessa, sim, que alinhem
todos por um só pólo financeiro de governação mundial.
Onde isso não aconteça,
mobiliza-se uma oposição raivosa, que traga instabilidade, destruição e
carências.
Julgam, com acerto, os que
estão aos comandos, que os povos, mais tarde ou mais cedo, acabarão por ceder,
cansados de uma erosão diária.
Em estados moles, bastará servirem-se
das farsas electivas que os seus meios de comunicação e apaniguados farão
ganhar por lacaios apresentados como inteligências reformadoras e salvadores da
pátria.
Para estados mais
reticentes, explorarão diferenças históricas, culturais ou étnicas, virando uns
contra os outros, ainda que degenere em guerra ou matança nacional.
Os mais adversos, que
procuravam justiça e uma sociedade verdadeiramente racional, ver-se-ão
confrontados com grupos municiados e muito bem organizados, que sairão de
sectores que comiam um pouco e vêem o seu pequeno privilégio alargado a quem
sempre encararam como criados.
Um caso se conhece,
simplesmente espantoso: um presidente bispo, que pensava, agora, serem os
direitos para todos, foi apeado com recurso à figura jurídica americana do “impeachment”.
É de esperar, sem dúvida,
muitos outros achados inovadores, porque a voracidade capitalista e a inventiva
dispõem de abundantes recursos e bons técnicos, muito conhecedores das taras e
frustrações humanas.
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