Tirando um pequenino idiota,
acintosamente de direita e ar de puto fanfarrão a esforçar-se por dar nas
vistas, não vi ainda quem enfileire no bombardeio diário com a miséria e
desgraça da Venezuela.
Não tenho em conta,
evidentemente, os psitácicos apresentadores, ou lá o que dizem ser, que esses
não são comentadores nem coisa nenhuma, limitando-se a obedecer ao dono,
abjectamente, como um empregadote que se gaba de enganar o cliente para ganhar
sorrisos do patrão e evitar o despedimento.
O tal, já referido, é
comentarista encartado, expedito em julgamento breve, certeiro, irrevogável:
falência do sistema.
Não acrescentaram nada os
demais participantes do painel e, ilusão minha, talvez, pareceu-me ter visto
indulgência no olhar, perante ou a travessura do puto ou a menoridade mental da
criatura.
Mas o aparente desinteresse
dos analistas, quando tanto ódio se ateia contra a América Latina progressista,
é motivo, de facto, para estranheza, tanto mais que nada chega de informação
contrastada, objectiva, honesta.
Será o pressentimento de que
a histeria tem razões que a moral desconhece e só a gula incontida pelas
reservas de petróleo explica a algazarra maldosa?
Se é este o caso,
permita-se-me que os conforte nas vossas e nossas dúvidas com meia dúzia de dados:
- a UNESCO certificou que o analfabetismo está
erradicado;
- a educação é gratuita e oferece-se, a cada um dos
alunos, computador e acesso à Internet, o que a UNESCO premiou;
- na sondagem recente de GIS XXI, 79% dos jovens entre os
14 e os 24 anos estão a estudar e 67% em instituições públicas gratuitas;
- 73% deles consideram melhor forma de organização social
a democracia participativa bolivariana;
- 60% prefere o sistema económico socialista ao sistema
capitalista;
- a FAO reconhece, em 2013, que a fatalidade da fome
terminou;
- numa década, apenas, a pobreza recuou 30 pontos e é,
agora, o país da América Latina capitalista com menor desigualdade social;
- o Guinnes World Book Records 2008 dá a Venezuela como o
país mais feliz do mundo;
- uma sondagem Gallup 2010 coloca-a no quinto lugar das nações
mais prósperas do planeta.
- o Happy Planet Index atribui-lhe, em 2010, um índice de
7,5 de bem-estar real, numa escala de 10, a par da Suíça e uma décima abaixo da
Noruega.
Tudo leva a crer, portanto,
que, da verdade internacionalmente reconhecida à mentira internacionalmente
propalada, vai a colossal distância de um capitalismo predador e sempre ávido,
que ressuma fel e raiva quando vê um povo a caminho da dignidade.
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