Vejo o Draghi que me mira
por uma fisguinha do olho, de ar chocarreiro, e penso:
- O gajo está a gozar
connosco.
E deve ser isso mesmo,
porque, vítimas comprazidas, pagamos para que nos vexem, torturem e expoliem.
Masoquistas? Talvez.
Oiço a pesporreia viscosíssima
de um tipo a que chamam Burroso e confirmo que continua movendo-se no dito pelo
não dito. Então, pergunto:
- Como entender que paguemos
a quem se orgulha em indrominar-nos?
Silêncio.
Depara-se-me um gimbrinhas
belga, de espécie talvez humana, intitulado presidente de uma Europa em queda e
a criatura põe-se a alinhavar meia dúzia de palavras. Eu duvido.
- Querem fazer crer que esta
coisita manda?
Mande ou não mande é pago,
com dinheiro nosso e, dia após dia, vamos ficando cada vez mais pobres, tantos
são os chulos que temos de manter.
Olhe-se a baronesa, ministra
europeia dos Esrangeiros, que, em voo célere, parte a acobertar nazis
ucranianos, para vir, depois, chorar-nos no ombro uma justificação esfarrapada
de que os setecentos milhões e biliões que se seguirão saiem-nos dos bolsos em
defesa da liberdade, dela, não nossa.
Irão os povos, um dia, limpar
as estrebarias de suas casas e reger os destinos de um mundo novo?
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