quinta-feira, 27 de março de 2014


Sendo uma formulação judiciosa, a de que mais vale tarde do que nunca, estou em vias de decidir-me por um doutoramento aos cem.
Não é que o mérito terreno valha muito para a entrada no paraíso, a que me candidato desde há anos.

E sei-o, sem qualquer dúvida, pois é a Bíblia que o diz:
- “Bem aventurados os pobres de espírito porque será deles o reino dos céus”.

Mas, contrariando a miséria actual do mundo, em ideias renovadoras, surgiu-me no cérebro uma, com fulgor inesperado, que traz explicação a muita coisa do chamado bicho humano.
Vinha estudando o mesmo, desde a mais tenra idade, e tanto me parecia animal, como vegetal e, por vezes, mineral.

Se tem frequentemente ferocidades de besta, logo se move por tropismos, acomodando-se ao sol do mando, para depois ficar inerte, embrutecido, parecendo-se com um pedregulho.
Pois ou me engano muito ou encontrei a chave para o enigma de mutações tão diversas.

Está, afinal, na alimentação omnívora, de que acaba por tirar especificidades próprias aos três ramos da natureza.
O homem é, pois, um tríbrido, não se confundindo com as mulas, que essas, sim, é que são cavalgaduras híbridas.

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