Custa a crer, mas a verdade
é a verdade e as fontes donde a notícia emana são fidedignas.
A mais recente:
O automóvel governamental
que nos saiu na rifa tem nada mais nada menos que cento e trinta e seis
cavalos.
E eu que supunha que não
fossem tantos!
Erro meu e má fortuna,
confesso, que nunca me inteirei em pormenor das numerosas minúcias da nossa
máquina estatal.
Menos recente, mas recente e
que muito me agradou, é ver humanizada a senhora das Finanças, que, boa dona de
casa, vai-se osmoseando cada vez mais à minha muito querida avó paterna, que,
volta e não volta, repetia:
- O que é de mais não
presta!
Parcimónia esta, dita e
praticada, que lhe valeu prolongar a vida, espichando aos cem, parcimónia esta,
dita e não praticada, que aguentará a ministra no mando até aos cem, pois o
povo agradece a quem lhe trata da saúde.
E é sabido que nós,
portugueses, somos uns lambões, na comida, nos gastos, nos ordenados.
Bom será que haja quem
governe e taxe e sobretaxe os produtos mais nocivos, como o sal e o açúcar, a
que se seguirão os feijões e as batatas, causas provadas dos gases intestinais
e obesidade.
Deo gratias, perdão, Luiso
gratias!
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