Eles só são corajosos contra
gente desarmada, cuja arma é a razão.
Eles só são propotentes,
quando a chantagem da banca visa espalhar o terror.
Eles só são indiferentes, enquanto
a lei que fizeram lhes der a impunidade.
Eles só são tolerados com
moral prostituída e a dignidade quebrada.
Eles só insistirão enquanto
a letargia do povo os consentir no poder.
Eles temerão tribunais,
quando o crime responder face a juízes honestos.
Eles tremerão duas vezes,
tendo as administrações fechadas às ambições que acalentam.
Eles evitarão a desgraça,
quando sem poder fugir, tenham para si só o mínimo que eles mesmos decretaram.
Eles não se sentirão
senhores ao trabalhar dia a dia como um cidadão qualquer.
Eles amaldiçoarão o destino
de que se julgaram livres, mordendo à voz do patrão.
Eles talvez reconsiderem,
depois de governar de cima e terem de se governar em baixo.
Eles perderão prosápias, no lugar
de subalterno, que o país lhes reservar.
Eles aprenderão da vida que
há direitos e deveres.
Com democracia real, os
monstros acabarão por si.
Chavez chamou-lhe
protagónica, já que o homem é quem manda e o mundo pertencerá a todos, não à
meia dúzia de abutres que abocanharam países.
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