Vindo das bandas do nada,
mas estagiando em jotinhas, é mais um que eu aprecio.
Pese a cara ameloada, os
dois olhos descaídos e a muita curteza de ideias que um diploma não disfarça, é
brilhante comunicador.
Por intuição do berço ou
conselho do bom-senso sabe cavalgar o óbvio, numa culminação explosiva.
Começa piano piano, entra em
crescendo vibrato e acaba num hino à asneira, trovejando indignação.
E, faltando-lhe melhor
recurso, faz duo com alguém mais bruto, regressado da Mota&Gil, agora com
empresa própria.
Ao tinto de cepa carrasca,
junta-se um carrascão das fragas, mistura inexportável, que já azeda as
passoas.
Ou não?
Que o estômago luso consente
o que nunca pudemos crer, tal a espessura das vísceras, com meninges incluídas.
Se resultar, tudo bem, porque
passaremos às vírgulas da governação negreira com o país ser o mesmo, dos
Santos, Amorins, Azevedos.
E Ulrichs, Jardins,
Rendeiros, outros vendedores menores.
Sem comentários:
Enviar um comentário