Nos tempos marasmáticos da
ditadura pacóvia, saíam os economistas agilizados nos números, mas muito torpes
nas letras, desde que não fossem bancárias.
Há exemplos bem à vista.
Mais curiosos uns poucos,
que professores e currículos deixavam muito a desejar, iam procurando cá fora o
que a escola lhes negava.
Uns e outros eram tratados
como gente a desprezar, a não ser que, serviçais, se devotassem ao rei.
Com a ditadura caída, o
capital percebeu que um capataz zeloso é sossego para o patrão.
Vai daí, quatro ensaboadelas
de Friedman, mais uns dinheirinhos de prémio e temos uma legião de venais,
veneradores e obrigados.
Estão, agora, de fatinho a
preceito, a pautar-se por normas que a Alemanha lhes impõe, auferindo, com
isso, muito mais do que auferiam quando doutores da mula ruça.
E, por dinheiro, trai-se o
país inteiro.
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