sábado, 10 de maio de 2014


Vindo das bandas do nada, mas estagiando em jotinhas, é mais um que eu aprecio.
Pese a cara ameloada, os dois olhos descaídos e a muita curteza de ideias que um diploma não disfarça, é brilhante comunicador.

Por intuição do berço ou conselho do bom-senso sabe cavalgar o óbvio, numa culminação explosiva.
Começa piano piano, entra em crescendo vibrato e acaba num hino à asneira, trovejando indignação.

E, faltando-lhe melhor recurso, faz duo com alguém mais bruto, regressado da Mota&Gil, agora com empresa própria.
Ao tinto de cepa carrasca, junta-se um carrascão das fragas, mistura inexportável, que já azeda as passoas.

Ou não?
Que o estômago luso consente o que nunca pudemos crer, tal a espessura das vísceras, com meninges incluídas.

Se resultar, tudo bem, porque passaremos às vírgulas da governação negreira com o país ser o mesmo, dos Santos, Amorins, Azevedos.
E Ulrichs, Jardins, Rendeiros, outros vendedores menores.

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