Tirando casos de extrema
perversidade ou violência, raramente ouvi, em televisões estrangeiras,
referência a crimes, acidentes, incêndios.
Aqui, graças a Rangel,
conforme me foi dito no pangenírico ao defunto, sádicos, masoquistas e
necrófagos têm pasto largo em noticiários e programas próprios, onde tudo é
dito, redito, esmiuçado, comprovado, comentado, uma insistência de maníaco,
capaz de penetrar nas meninges mais duras e encontrar conchego nos cérebros
mais fluidos.
E, sendo o objectivo
capitalista estupidificar o mais possível para explorar o mais possível, é
esquisito que a lição não se expanda, a não ser que os outros povos, mesmo
aquém da lucidez, tenham ainda a exigência de que os vejam como gente e não
manada.
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