Um dos muitos enigmas da
humanidade é, sem dúvida, esta coisa tão pequena dar prodígios de tal tamanho e
em número quase infinito.
Não há dia que não vejamos o
mundo, arregalado, a roer-se de inveja, embora, em simultâneo, nos dêem,
noticiaristas e quejandos, espiolhadas referências ao país, provando aos
indígenas que não só existimos, como até sabem que existimos.
Imaginem, portanto, a honra
e a vaidade por haver um português a acolitar senhores em bancos e instituições
mafiosas de Bruxelas ou New York.
Tem-se, por exemplo recente,
o gigante economista que não acertava as contas e acabou premiado nas hostes de
destruição maciça.
Mais espantoso, porém, é
nunca ninguém perguntar quais as razões verdadeiras para a atribuição do
prémio, já que pelos erros não foi.
E é bom não esquecer que o
homem, mesmo com tropeções diários, teve o mérito de levar a cabo a missão que
lhe incumbia: pôr Portugal de rastos.
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