Penso que a estratégia da
grande banca difere muito, na Europa, da que levou a cabo noutros lugares do
mundo.
O pagamento da dívida não é
o objectivo em si, mas é-o a perpetuação da dívida.
Quem governa financeiramente
o planeta aprendeu, com a experiência, que, solvida a dívida, os países
escapam-se-lhe, espavoridos, e são grandes as dificuldades e excessivos os
gastos para recuperar o controle, como é por de mais evidente em toda a América
latina, muito particularmente na Venezuela.
Além disso, na Europa está
uma boa parte do saber-fazer e há estruturas finamente produtivas,
interligações de há muito, imbricações históricas e comerciais, promiscuidades
políticas, que proporcionarão em casa o que, antes, se procurava fora.
Até porque, a dívida não
deixará de ser paga e não uma, mas muitas vezes, já que juros, pauperização dos
povos, retracções de todo o género irão impedir a superação do gravame, com
novos endividamentos para amortização dos antigos.
A isto chama-se já a Nova
Ordem mundial, inexpugnável, com as nações amarradas por tratados, abdicações,
renúncias, novos endividamentos e encargos.
A famosíssima regra de oiro
do orçamento, aceite, de imediato, pelos que se dizem socialistas, é a
inscrição, para todo o sempre, no atraso e na miséria, por impossibilitar o
investimento.
E, a tão bem recebida
proposta de personalidades, nacionais e estrangeiras, da reestruturação da
dívida, insistindo em manter-nos no euro, longe de ser uma ajuda aos países
manietados, insere-se, perfeitamente, no projecto de dominação global dos que,
no vértice da pirâmide capitalista, congeminaram e realizam o império de
milénios que Adolf Hitler sonhou.
Anónimo25 de Março de 2014 às 02:09
ResponderEliminarProfessores que leiam obras, como esta, de que estão à espera, para as usar nas suas aulas?
São pérolas desperdiçadas, para os que, tantas vezes, se vêm obrigados a recorrer à imprensa, cozinhada e manipulada, ou a outros textos, que têm como objectivo moldar os cérebros juvenis.